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Missionária de carreira segurando sua filha nas muralhas de uma cidade medieval no Leste Europeu

Como é servir como missionário de carreira?

Digamos que servir como missionário ou missionária de carreira é ter uma convicção firme sobre uma vida completamente incerta. Uma loucura muito bem planejada.

Tem toda aquela parte triste e chata de dar adeus à família, amigos e pertences, coisas que você levou anos para obter. E fazer sua vida caber em poucas malas. Mas cá pra nós: carregamos muita tralha desnecessária. Nesse processo sua vida fica literalmente mais leve. Então sobra mais espaço para as muitas coisas que você terá que aprender.

Missionário de carreira = múltiplos desafios

Você lida com barreiras linguísticas, diferenças culturais e solidão. Você deixa de ser alguém letrado, com uma profissão, um status social para ser um estrangeiro que mal consegue comprar um pão sozinho. Mas Deus te faz engolir o orgulho e até o restinho de dignidade pra conseguir o que precisa, aí no final do dia você está comemorando a palavra nova que aprendeu enquanto ri dos malabarismos teatrais e da vergonha que passou pra conseguir. Como resultado, o campo missionário te deixa mais resiliente, humilde e aumenta sua capacidade de comunicação.

Um encontro com você

À medida que você se aprofunda na cultura e nos relacionamentos, ficará cara a cara com suas presunções e preconceitos. Na tentativa de entender tudo ao seu redor você vê a vida, o amor, o sofrimento e a beleza do evangelho sem as vendas de uma vida compartimentada e confortável. Então, servir como missionário de carreira não só te faz aprender a ver mais, mas também a ver melhor os outros, a você mesmo e até mesmo a Deus. Em outras palavras, a vida missionária oferece perspectiva e autoconhecimento.

Por não conseguir falar tudo o que dá na telha na nova língua, você ouve mais e por estar intencionalmente atento às necessidades das pessoas, você entende e respeita seus costumes, tradições e crenças. Isso gera conexões profundas. Servir como missionário te torna mais empático.

Uma montanha-russa emocional

A vida em um ambiente culturalmente diferente nos faz comer coisas que não comeríamos, ir a lugares que nunca imaginamos e mudar nossa rotina por um estranho que se mostrou aberto a conversar. Você está lá pelas pessoas, por mais que sejam chatas, você sabe que Jesus morreu por elas também. O campo missionário te faz exercitar a flexibilidade e o músculo do amor.

Em resumo é como entrar em uma montanha-russa emocional – você nunca sabe se vai acabar rindo, chorando ou ambas as coisas ao mesmo tempo!

Haline Monteiro foi missionária de carreira no projeto Hrvati, junto com sua família de 2019 a 2023.

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