Bem-vindo à AFM South America

Um encontro inesperado, uma tailandesa e duas brasileiras comendo manga num piquenique em uma cachoeira na Tailândia.

Um contato inesperado

Estávamos num acampamento jovem em uma cachoeira. Eu havia chegado a pouco tempo no Projeto e ainda não conhecia muita gente. Não me sentia incluída, tinha muitas limitações com a língua, e não conseguia me comunicar com os tailandeses. Eu lembro de várias vezes ter orado a Deus pedindo que me enviasse amizades e que eu pudesse ser relevante na vida de alguém para poder apresentar a Cristo. Então, Ele me deu como resposta um contato inesperado.

Eu estava decidida a me expor mais

Pouco depois das orações aconteceu esse acampamento. Eu estava decidida a me expor mais. Então fui ao encontro das pessoas, e uma senhora tailandesa começou a puxar papo comigo com o pouco do inglês que tinha. Ela perguntou meu nome, de onde eu era…ela foi muito amigável e gentil, seu nome é Su Paporn. Havia muita gente querendo aproveitar aquele dia quente na cachoeira, então com um sorriso nos cumprimentamos e ela seguiu seu caminho.
Não passou muito tempo, e nos encontramos novamente, mesmo em meio aquela multidão. Dei um sorriso e um tchauzinho, e ela se aproximou e começou a fazer mais perguntas. Afinal ela queria saber o que eu vim fazer na Tailândia, quanto tempo eu iria ficar aqui, quis saber um pouco mais sobre mim. Falei que eu era voluntária e ela me disse que era professora de tailandês. Como não conseguia entender em tailandês, logo o Pi Joon, líder da escola de música, que estava perto, me ajudou a explicar para ela sobre o meu trabalho na escola e também falou um pouco sobre a escola de música que o Projeto mantêm aqui.

Um contato e um convite inesperado

De repente, ela perguntou se eu gostava de manga, eu disse que sim. Então, ela me chamou para comer manga com ela, me puxou pelo braço e eu fui. Certamente não podia e não iria recusar esse convite. Porque eu entendi que me chamar para comer com ela naquele momento era algo importante para criação de vínculo e ela estava fazendo o melhor que podia para mim. E sem me conhecer, ela me convidou para comer com ela. Isso demonstrava muita gentileza da parte dela, que por algum motivo gostou de mim. 

Eu me senti muito amada

No caminho apresentei a Amanda, e a Su a convidou para comer conosco. Amanda é minha companheira de missão, ela já estava no projeto há mais tempo e se comunicava em tailandês, então seria de grande ajuda. Chegamos onde estava sua esteira, e ela nos ofereceu um banquete, não apenas manga. Agradecemos, e comi as frutas que ela tinha oferecido. A Amanda conseguiu falar e traduzir em tailandês e assim conversamos.

Ela nos deu um abraço forte e disse que éramos como filhas para ela. Como resultado, eu me senti muito amada por uma tailandesa que eu nem conhecia. Pegamos o telefone dela, tiramos fotos, e no final ela me deu algumas mangas de presente.

Um contato e um vínculo inesperado

Mais tarde, a encontrei novamente. Então ela me apresentou para as suas filhas e netas, e ficamos interagindo mesmo com a limitação da língua. Descobri que ela não mora em Khon Kaen, e sim numa cidade próxima de onde estávamos. Foi uma experiência muito legal! Sei muito pouco sobre ela, mas já criamos um vínculo muito bacana nesse dia. Espero que esse contato inicial seja uma porta para que ela conheça a Deus. A Su foi uma das pessoas mais especiais que conheci na vida.

Ele me ama

Percebi o cuidado de Deus por mim naquele momento. Eu estava preocupada em fazer amizades, e Deus me mostrou que uma amizade ou um vínculo com alguém pode surgir quando menos se espera e em qualquer lugar, até mesmo em uma cachoeira de um acampamento.

Talita Pedrini é missionária de curto prazo no Projeto Central Thai desde março 2024.

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