“De Amaldiçoado a Abençoado” é a história real de Pedro*, um pedreiro moçambicano que saiu de uma infância sem rumo para testemunhar um milagre que transformou toda a sua família — e a nossa comunidade de fé.
Da infância turbulenta ao primeiro casamento
Pedro nasceu em 1990, entre crises familiares e poucas perspectivas. Com três anos, viu seus pais se separarem e o deixarem com o avós porque queriam esquecer o passado e construir nova família. Quando completou 11 anos, passou das mãos dos avós ao pai; aos 13, largou a escola para seguir a carreira de pedreiro. Então, nesse mesmo ritmo acelerado, aos 19 ele se casou — num relacionamento marcado por repetidas traições que terminaram em bens divididos, corações quebrados e uma dolorosa sensação de destino amaldiçoado.
Quando a maldição bate à porta
Após romper definitivamente com a primeira esposa, Pedro encontrou um novo amor e se casou. Foi então que começaram os ataques de possessão demoníaca que assombrariam cada noite do casal. Curandeiros prometiam alívio, mas entregavam apenas dívidas e desespero.
Por causa de toda essa situação meu pai aconselhou-me a devolvê-la aos seus pais. Liguei para meu sogro, que enviou muito dinheiro para mais consultas — sem sucesso.
“Não posso continuar pagando por algo que não cura.”
O desafio de um amigo que mudou tudo
Buscando respostas, conheci Francisco enquanto erguia um muro perto de onde ele morava. Ele gostou do meu trabalho e me contratou para construir uma casa. Tornamo-nos amigos. Enquanto isso, minha esposa piorava e seguíamos gastando com feiticeiros.
Passei a pedir que Francisco me pagasse em parcelas para custear as consultas. Depois de um tempo, ele estranhou e perguntou. Contei-lhe o que acontecia. Então ele me desafiou:
“Venha à igreja comigo todos os sábados por um mês.
Se nada mudar, siga sua vida.”
Relutante, a esposa aceitou — afinal, “já havíamos tentado de tudo”, disse ela.
O poder invisível da oração
Naquele primeiro sábado, em vez de amuletos, o casal ouviu do pastor: “Só Deus pode ajudar; comecem uma jornada de oração.”
Começamos a orar. Pouco depois, o irmão Francisco trouxe o irmão Fernando para estudar a Bíblia conosco. Surpreendentemente, os únicos momentos sem ataques demoníacos eram durante os estudos e as orações.
Percebendo isso, e diante do apelo do irmão Fernando, aceitamos o batismo: aprendemos que somente Jesus podia libertar nossa família. Coincidência? Para Pedro, era o sinal de que finalmente tinham encontrado a fonte da cura.
Milagre à vista: do batismo à liderança
Hoje, somos Adventistas do Sétimo Dia e testemunhas da graça e do poder de Deus. Minha esposa não tem mais aqueles ataques horríveis. Porque Deus fez um milagre em nossa vida: deixei de ser amaldiçoado; sou abençoado. Nos tornamos líderes em uma igreja Adventista em Moçambique, transformando a antiga maldição em bênção para dezenas de famílias.
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*Nomes, exceto o do obreiro Fernando, foram alterados para proteção de identidade.
Geovan e Dani Machú são missionários de carreira no Projeto Tonga desde abril de 2023.