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países de acesso criativo. Pernas de alguém calçando tenis com detalhes amarelos diante de uma faixa amarela no chão de diz do not cross

Países de Acesso Criativo

Jesus nos comissionou a pregar “até os confins da terra”. Esta missão inclui lugares onde o cristianismo é aberto e livre, mas também aqueles onde a fé está sob intensa perseguição. Hoje, essas áreas são conhecidas como países de acesso criativo.

Coreia do Norte e Paquistão

A Coreia do Norte é oficialmente um país ateu que lidera o ranking de perseguição aos cristãos há 10 anos consecutivos. O regime “expulsou Deus” de lá e, ano após ano, executa pessoas por manifestarem o menor vestígio do cristianismo. Portar uma bíblia ou simplesmente ter contato com um cristão pode levar à prisão, tortura ou morte.

No Paquistão, leis de blasfêmia preveem a pena de morte para quem “profanar” o Alcorão ou o Islã como um todo. Embora o governo raramente execute essas sentenças, grupos extremistas islâmicos se encarregam de atacar e assassinar as pessoas acusadas de falar contra o islã.

Seria, então, sábio enviar um missionário com uma Bíblia embaixo do braço, uma equipe para feira de saúde, com planejamento para “30 Noites de Poder”, recheadas de brindes, chá e bolo? Por mais que esses métodos tradicionais funcionem em muitos contextos, em cenários como esses o fim poderia ser trágico.

Mas o que são países de acesso criativo?

Apesar dos riscos, há inúmeros fiéis nesses países onde a perseguição aos cristãos é severa. No passado, eram classificados como “países fechados” ou de “acesso restrito”. Indicando que o caminho tradicional para envio de missionários estava bloqueado ou fortemente limitado por leis, cultura, sistema político ou exigências de visto.

Mas será que esses países são realmente inacessíveis para o Senhor? No Paquistão e na Coreia do Norte, pouco mais de 1% da população se identifica como cristã. Eles se reúnem em segredo, murmuram orações, decoram versos bíblicos para os filhos e instruem-nos a não falar sobre o que acontece dentro de suas casas. As autoridades consideram os familiares “culpados por associação” e os enviam para campos de trabalho forçado ou prisões.

No entanto, se o evangelho chegou nesses lugares, e permanece apesar de tanto perigo, a nomenclatura “fechado” ou “acesso restrito” não parece capturar bem a realidade. A partir da década de 1990, esse termo começou a ser substituído por “países de acesso criativo” (creative access). Sublinhando que, embora “fechado” para a forma tradicional de evangelismo, nenhum país é de fato inacessível para Deus. As vezes só precisamos de mais criatividade, sensibilidade, fidelidade.

Como pregar em países de acesso criativo (“creative access”)?

A resposta, como o próprio termo sugere: usando a criatividade, dom dado por Deus a nós. Em vez de métodos tradicionais, o missionário adota uma função legítima, como professor, engenheiro, empresário, enfermeiro, estudante… de modo a estabelecer presença, construir relacionamentos e viver o evangelho de forma contextualizada e relacional.

Isso envolve:

  • Consagração e entrega completa.
  • Excelência no ofício ou profissão escolhida.
  • Estudo profundo da língua local e da ética cultural.
  • Disciplina no modo de vida, pois até cantarolar um hino pode ser motivo de denúncia.
  • Coragem e dependência de Deus para morar em um país onde a fé só se expressa em silêncio e em sombras.

Você teria coragem de morar em um país assim? Muitos jovens, homens e mulheres corajosos, usados pelo Espírito Santo, têm dedicado suas vidas a essa Missão. A de tornar Cristo conhecido em todos os cantos da Terra. Para que eles, assim como nós, possam desfrutar da alegria que existe na salvação eterna.

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