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Invisíveis - Vendedor ambulante na Tailândia com roupas protetoras, oferecendo sticky rice no trânsito.

Invisíveis

O cotidiano dos vendedores ambulantes na Tailândia

“Apenas 100 Baht!” é o que dizia a placa de um vendedor enquanto ele agitava no ar dois pedaços de bambu recheados de sticky rice, caminhando em meio aos carros parados no trânsito. Na Tailândia, é comum ver vendedores ambulantes oferecendo de tudo: frutas, pães, iogurte e, claro, sticky rice. Ainda assim, eles tornam-se invisíveis para muitos.

Por aqui, as ruas fervilham de pequenos comércios. Esses vendedores ambulantes na Tailândia aproveitam os sinais fechados para se aproximar dos motoristas e ganhar a vida sob o sol escaldante.


Invisíveis: A busca pela pele clara

Outro fato curioso na cultura tailandesa é a valorização da pele clara como padrão de beleza. Muitos evitam o sol a qualquer custo, inclusive os vendedores de rua. Eles se cobrem dos pés à cabeça: usam chapéus, camisas de manga longa, calças e, em alguns casos, até acessórios específicos para proteger o rosto e o pescoço.

Certa vez, enquanto observava um desses vendedores no sinal de trânsito, comentei com meu esposo: “Não dá nem pra saber se é um homem ou uma mulher oferecendo essas frutas”. A vestimenta para proteção contra o sol é tão completa que essas pessoas se tornam praticamente irreconhecíveis. Invisíveis a olho nu.


Invisíveis e os povos não alcançados

Com o tempo, vamos nos acostumando tanto a essa cena que o vendedor passa a ser apenas mais um na multidão — sem rosto, sem nome, sem necessidades aparentes.

Foi então que me veio um pensamento triste: quantas vezes nós ouvimos falar dos povos não alcançados, de pessoas que nunca ouviram falar de Jesus e desconhecem Seu amor? Em um primeiro momento, nos compadecemos, doamos uma ou duas vezes, mas é fácil deixá-los se tornarem apenas números em um lugar distante.

Para nós, eles podem se tornar “invisíveis”. Porém, para Deus, jamais. Ele os conhece individualmente, com nomes, gostos e necessidades específicas. Aqui no Nordeste da Tailândia, convivemos com muitos que sequer tiveram a oportunidade de ouvir sobre o Evangelho. Não são estatísticas, mas filhos amados de Deus.


Como podemos agir?

Queremos continuar sendo olhos que vêem, mãos que ajudam e bocas que falam do amor de Deus a essas pessoas. Se você deseja conhecer mais sobre o nosso trabalho missionário na Tailândia e apoiar a evangelização dos povos não alcançados, aqui está o link. Cada indivíduo tem um valor inestimável diante de Deus e merece a chance de conhecer o Seu amor.

Uédila Patrocínio é missionária de carreira no Projeto Central Thai desde 2023.

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