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Oriente onde o sol se levanta. Mesa posta com comidas típicas do Oriente.

Oriente: onde o sol se levanta

Fazem exatamente 16 dias que eu cheguei nesse lugar. Logo após o treinamento tivemos uma longa viagem até aqui, foram mais de 24 horas viajando com direito a conexão em Dubai em um avião de dois andares na classe econômica da Emirates. Mas não se engane, nem tudo na vida são flores, porque nas minhas horas dentro do avião, e no passeio pelo aeroporto já́ pude perceber que estava bem, bem mas bem longe de casa. Aqui no Oriente, onde o sol se levanta, a vida segue outro passo.

Primeiras impressões do Oriente, onde o sol se levanta

Já nas primeiras horas reparei nas diversas mulheres usando hijab, nas salas de oração nos aeroportos, na tv do avião que tinha um mapa apontando a direção da meca. E, claro, no som e na escrita do tão famoso árabe, que agora já começou a me perseguir.

Quando chegamos, nosso líder nos presenteou com tâmaras. Eu particularmente não gosto muito, mas aqui é bem comum. E depois disso foram aproximadamente duas horas e meia de viagem numa minivan até finalmente chegarmos na nossa cidade. Passamos no aeroporto e buscamos a nossa última integrante da equipe, a Lia, e foi então que, com o nosso grupo completo, a nossa jornada realmente começou.

Neve no Oriente! E muita animação.

Durante a primeira semana ficamos todos hospedados na casa dos missionários de carreira e deles recebemos instruções, conhecemos o time um pouco melhor, e fomos introduzidos aos próximos desafios. Chegamos no inverno, e aqui faz mais frio do que eu esperava, e a arquitetura das casas repleta de azulejos, faz tudo ficar ainda mais frio.

Da janela do meu quarto eu até conseguia ver neve no topo das montanhas! Mas de todos os desafios da primeira semana eu com certeza destacaria a animação dos meus líderes. Com o objetivo de nos deixar “mais confortáveis” com os meios de transporte da cidade, eles nos encorajaram a atravessar a cidade de ônibus sozinhos e experienciar um pouco mais do trânsito CAÓTICO desse lugar.

Morar sozinha no Oriente

A segunda semana chegou como uma voadora no meio do meu peito (hahaha)! Repleta de desafios, antes que eu tivesse tempo de recompor as minhas energias. Era hora da equipe se separar. Começou então um novo desafio: morar sozinha na casa de uma família local que não fala o meu idioma, e nem eu o idioma deles. Foi a primeira semana de aulas do dialeto local, que é uma variação do árabe. E tudo isso no meio do Ramadã. Uau, quanta informação para minha cabecinha!

Ramadã e as diferenças

O ramadã é um período muito importante para os mulçumanos. Esse é um momento de generosidade, perdão, consagração e alinhamento espiritual, e claro de longos períodos de jejum. Então chegar aqui no meio do ramadã está sendo uma experiência interessante e definitivamente bem diferente.

Aqui as pessoas são muito gentis e hospitaleiras, tem muitos gatos na rua, as roupas são mais modestas. E há costumes bem diferentes nos nossos, como por exemplo: não se come com a mão esquerda, não se entra de sapato dentro de casa, homem e mulher não se conversam muito e existe uma cultura de barganha muito forte nas lojas do mercado.

Há caixas de som em todos os lugares para tocar as músicas que chamam para oração. Nós não temos uma igreja fixa, nos reunimos dentro das casas. Enfim, são muitas novidades. Mas para não me estender vou relatar um ponto baixo e um outro alto.

Pontos altos e baixos

Ponto baixo – definitivamente o aprendizado do idioma está sendo um dos meus maiores desafios. Ponto alto – as pessoas daqui, incluindo a minha equipe e a comida estão sendo um ponto alto para mim. Por mais que existam diferenças e dificuldades, fico muito feliz em como Ele vem me ensinando coisas novas todos os dias. Tenho muito mais coisas para contar, então encontro vocês no próximo relatório.


Ana Paula Ferreira* é missionária de curto prazo no Projeto Maghreb desde março de 2025.

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